terça-feira, 23 de julho de 2013

A bonita
           Ela rouba cena por onde passa com seu jeito excêntrico fora e dentro dos palcos

O que é o que é: É menininha, é caipora é Taffarel. É Naiá, baiana, Lady Monstreia. Seja noite ou dia é Soninho, também árvore e diabinha. Com esta charada lanço uma última pista: Ao final de seus espetáculos, a atriz costuma tocar os lábios nos próprios ombros e juntar o nome de batismo com os dizeres ‘a bonita’.

Esse jogo de palavras é para falar da atriz Lamylle Mello. Ela que atua no grupo Atos de Teatro ES desde 2010 é destaque em peças infantis e adultas. Mas, bem antes de ser todas as personagens citadas no início do post, Lamylle é simplesmente alguém que chama atenção por onde passa.


                                       Lamylle Mello em fotos descontraídas

A atriz é cheia de personalidade. Além de seu jeito alegre e irônico ao mesmo tempo, os cabelos da moça pontuam dizem fases de sua vida. Suas madeixas eram cumpridas, na altura da cintura e naturalmente castanhas. “Quando cortei o cabelo Chanel minha mãe chorou bastante”, lembra. Logo depois partiu para o ruivo, o loiro, loiro cobre até decidir que sua paixão realmente era os cabelos cor de fogo. Se isso interferiu na carreira artística?

“Quando pintei o cabelo de ruivo fazia os papéis de princesa e de uma criança, mas a aceitação foi bem legal. Inclusive fiquei muito contente de ter interpretado uma anjinha ruiva em ‘De ovo de cobra só sai sogra’, por que loiro tem uma coisa muito angelical estereotipada”.


                                     A atriz vivendo a princesa Soninho, em O Pequeno Papa-Sonhos


                      Com os cabelos cor de fogo e bem volumosos, a atriz apresenta performace mascara 

A bonita confessa que entrou no teatro para se desinibir mais. E se diverte afirmando que, como muitas mulheres, falava igual uma matraca! De tudo aprendido com o teatro, uma das coisas que ela lista como importantes foi o amadurecimento. “O teatro me obrigou a conviver com pessoas mais adultas, com pessoas de pensamentos diferentes. Isso me trouxe amadurecimento”.

Mulher independente, Lamylle diz que em muito momentos o trabalho conflitou com o teatro, mas ela persistiu. E agora tem no currículo peças como ‘Scooby Doo’, ‘Sexo frágil, que nada!’, ‘O Monstrinho’ e ‘O pequeno Papa-sonhos’  
                                                     Versão Caipora de Lamylle Mello 

Ela diz que a personagem que mais lhe saltita o coração é a Naiá, justo a primeira que a fez pisar em um palco. “Anaiá é uma personagem que guardo um carinho especial, pois tive de criar uma voz de criança que nunca tinha feito na minha vida antes, ela me deu muito trabalho, mas também foi gratificante”.


                                            Bastidores com Naiá

Por Tais de Hollanda

Um comentário:

  1. Excelente a matéria, melhor ainda é a atuação da Lamylle. Parabéns!

    ResponderExcluir